sexta-feira, 2 de outubro de 2015

“Crise não afeta setor da alimentação no Extremo-oeste”, afirma Meotti, presidente do Sindialimentação.

Para o presidente do Sindialimentação, a crise não afetou o setor alimentício por se tratar de extrema necessidade



A recessão econômica bateu em cheio no mercado de trabalho e a geração de empregos dos últimos anos deu lugar a demissões em massa. No primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), 4,9 milhões de postos formais foram criados. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nos cinco primeiros meses deste ano, 243.948 pessoas já foram dispensadas. Os analistas temem uma aceleração do nível de desemprego, o que resultaria no fechamento de um milhão de vagas com carteira assinada até dezembro. Há quem aposte que a taxa de desocupação ultrapassará os 10% em 2016. Para piorar, o rendimento médio real dos assalariados também está em queda.

Nos três estados do Sul, a geração de empregos ainda supera os desligamentos, quando analisados os resultados acumulados nos cinco primeiros meses do ano. A agropecuária e o setor de serviços são os que mais empregam. Em abril e maio, o ritmo de demissões cresceu e já supera as contrações no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. 

As crises vão e vêm e o mercado alimentício não chega a ser abalado profundamente. Essa é a análise do presidente do Sindicado das Indústrias da Alimentação do Extremo-Oeste (Sindialimentação), Volmir Meotti. Segundo ele, a crise no setor alimentício, na região Extremo-oeste do Estado, não sofreu muito impacto. “As indústrias exportam bastante e com o dólar em alta, favoreceu na verdade! Claro que tem aquelas que não exportam, essas sofreram algum tipo de impacto, mas não muito grande”, comentou ele.

Meotti disse ainda, que a crise não afetou o setor da alimentação em grandes proporções, por se tratar de itens de extrema necessidade. Ele afirma que o consumidor tirou o pé do acelerador em relação à aquisição de outros tipos de produtos e está mais cauteloso, comprando apenas o necessário. “O setor alimentício teve uma pequena queda, mas ela é mínima se comparada a outros segmentos”, destacou.

Para o presidente, as empresas tiveram de passar por uma reestruturação e traçar novas metas, baseando-se neste novo mercado e o momento econômico. “Não se pode usar as mesmas estratégias ou o mesmo serviço que se usava antes. É preciso reduzir custos, aumentar o mix de produtos, visando a mesma porcentagem de crescimento anterior.  Quem quer atravessar uma crise, usando as mesmas estratégias de 2013/2014, terá problemas”, alerta ele.

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